sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A importância do planejamento


Ainda existem muitas pessoas questionam a importância do planejamento, acreditando que planejar é perda de tempo. Penso que o grande problema reside na dificuldade que muitos de nós temos em lidar com as incertezas de maneira estruturada.
É mais fácil iniciar rapidamente a execução do que parar, pensar e investir tempo pesquisando possibilidades, fazendo estimativas e planejando soluções para diferentes cenários. Afinal, se iniciar a execução sem um planejamento prévio, mesmo resultando em desperdício e retrabalho, podemos alegar que “não sabíamos” ou “não havíamos pensado nessa possibilidade”.
Em síntese, planejar é prevenir (ou tentar prevenir) o sofrimento futuro. Esse custo do planejamento (investir tempo, recursos e esforço para planejar) é uma conta que sempre teremos que pagar. Você tem a opção de pagar agora ou pagar depois, eventualmente com juros e multas (retrabalho, desperdício e perdas).

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Figura 1 – Pay me now, or pay me later.

Assim como em outros investimentos, em planejamento queremos obter a melhor relação custo-benefício. Essa relação custo-benefício, na construção de um prédio por exemplo, envolve o fluxo de receitas e despesas. Isto é, se eu tirar R$10milhões do bolso e investir à vista, pagando tudo adiantado, na construção de um prédio que irá demorar 2 anos para depois começar a vender suas salas comerciais, pode ser um mal negócio. Se eu conseguir começar a vender as salas antes da construção, terei um fluxo de receitas ao longo da construção, que poderei casar com o fluxo de despesas financiadas ou parceladas ao longo da obra. Trata-se de uma alternativa bem mais interessante, certo?
A mesma coisa é com o planejamento. Você pode passar 2 anos planejando detalhadamente o projeto de um produto complexo, como um novo concorrente do iPad, por exemplo. Depois disso, você poderia iniciar a execução, com duração aproximada de mais 2 ou 3 anos. Finalmente, depois de 5 anos, você provavelmente vai lançar um produto obsoleto no mercado, certo? Por outro lado, é possível adequar o esforço de planejamento à execução em um processo contínuo, mais ágil e flexível, utilizando protótipos e outras estratégias para chegar antes ao mercado.


Figura 2 – Abordagem Waterfall (cascata)


Neste sentido, o Capítulo 3 reformulado nesta nova edição do Guia PMBOK (5a edição) modifica o foco dos projetos e de seu planejamento, desmistificando a tão criticada abordagem waterfall. Os processos e melhores práticas do Guia PMBOK, bem como seus grupos de processos, não pregam o engessamento e burocratização em gerenciamento de projetos, muito pelo contrário. Na verdade, a implementação das melhores práticas do PMI pode e deve ser customizada e modificada para se adaptar ao ambiente e ao contexto dos projetos, atendendo às particularidades de cada organização.
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Figura 3 – Abordagem Incremental (TRENTIM, 2013)


Captura de Tela 2013-03-07 às 10.11.42
Figura 4 – Abordagem Ágil (TRENTIM, 2013)


O PMI reforça ainda mais a importância de que os projetos produzam valor de negócio. Criar ou agregar valor é o objetivo final de todo projeto. Caso contrário, se não houver justificativa e benefícios adequados, os projetos não tem sentido. Ou seja, fazendo uma análise crítica, quantas organizações sabem realmente fazer projetos? Quantos dos projetos da sua organização nunca deveriam ter sido iniciados…
Portanto, todo projeto deve:
  • Criar e agregar valor de negócio;
  • Demonstrar claramente os benefícios que serão realizados;
  • Oferecer flexibilidade na sua implementação; e
  • Permitir agilidade na execução das tarefas.
Isto é, existem três níveis em que poderíamos dividir as atividades dentro de um projeto. Eu imaginei esses níveis em concordância com a abordagem Strategic Project Leadership:
  • Nível estratégico do projeto
    • Definir objetivos, podem ser qualitativos, que norteiam a abordagem de gerenciamento do projeto, considerando, por exemplo, as dimensões do Modelo Diamante – NCTP (Shenhar e Dvir, 2007)
    • Estratégia consiste em definir regras e diretrizes para a tomada de decisão, de modo a resultar em ações consistentes e coerentes na direção do objetivo traçado
  • Nível tático do projeto
    • Desenvolver e manter o plano de gerenciamento do projeto atualizado, buscando efetividade (eficácia + eficiência)
    • Desdobrar a estratégia em pacotes menores de fácil implementação e gerenciamento
  • Nível operacional do projeto
    • Organizar o dia-a-dia das atividades, gerenciar recursos e liderar a equipe, bem como a gestão de stakeholders
    • Prover informações de monitoramento e controle para o nível tático, permitindo a atualização dos planos
figura-4-1024x765Figura 5 – Processos do Guia PMBOK 5a edição



Fonte: http://blog.mundopm.com.br/2013/03/07/pmbok5-planejamento/ [Acessado em 12/12/2014 às 11:25]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

As Fases do Gerenciamento de Projetos


As Fases do Gerenciamento de Projetos



O Guia PMBOK formaliza diversos conceitos em gerenciamento de projetos, como a própria definição de projeto e do seu ciclo de vida. Também identifica na comunidade de gerenciamento de projetos um conjunto de conhecimentos amplamente reconhecido como boa prática, aplicáveis à maioria dos projetos na maior parte do tempo. Estes conhecimentos estão categorizados em nove áreas e os processos relacionados são organizados em cinco grupos ao longo do ciclo de vida do projeto.

De acordo com o PMBOK, o gerenciamento de projetos têm 5 fases (ou grupo de processos):

1. Fase de INICIAÇÃO - É a fase onde "damos partida" oficialmente ao projeto através do Termo de Abertura, processo que, como todos os demais 43 do Guia, pressupõem Entradas, Ferramentas e Saída. Aqui, todos os envolvidos nesta fase reconhecem que um projeto ou fase deve começar e se comprometem para executá-lo.

2. Fase de PLANEJAMENTO - É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação de recursos envolvidos, análise de custos, etc., para que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente detalhado para ser executado, sem dificuldades e imprevistos. Nessa fase, os planos auxiliares de comunicação, qualidade, riscos, suprimentos e recursos humanos também são desenvolvidos.

3 - Fase de EXECUÇÃO - É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante esse processo. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa fase.

4 - Fase de CONTROLE - É a fase que acontece paralelamente as de Planejamento e Execução. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas, no menor espaço de tempo possível, após a detecção de anormalidade. O objetivo do controle é comparar a "Linha de Base", levandada no início do projeto (Estado Inicial), o seu status real no momento (Estado Atual), com o status previsto pelo planejamento (Estado Desejado), tomando ações corretivas em caso de desvio.


5 - Fase de ENCERRAMENTO - É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os livros e documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos e, melhores estratégias são identificadas e selecionadas como "lições aprendidas". Aqui, se formaliza a aceitação do projeto ou fase e encerra-se de uma forma organizada, o projeto solicitado.

Em minha opinião as fases de gerenciamento de projetos estão bem divididas sendo que a fases de iniciação realmente comporta o início do projeto conjuntamente com o contrato, e, as três fases seguintes, Planejamento, Execução e Controle, acontecem "quase" que simultaneamente, finalizando o gerenciamento realmente com a fase de Encerramento.



Fonte:http://blog.lellis.info/2013/03/05/as-cinco-fases-de-gerenciamento-de-projetos-segundo-o-pmbok/http://ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=14&canallocal=46&canalsub2=149&id=1355

Mapeamento de grupos de processos de gerenciamento do Guia PMBOK 4° edição e 5° edição


Processos do Guia PMBOK 4° edição

Segue abaixo a tabela dos processos do Guia PMBOK 4° edição:


Áreas de Conhecimento
Iniciação
Planejamento
Execução
Monitoramento e controle
Encerramento
1. Desenvolver o termo de abertura do projeto
2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
3. Orientar e gerenciar a execução do projeto
4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto
5. Realizar o controle integrado de mudanças
6. Encerrar o projeto ou fase1
1. Coletar os requisitos
2. Definir o escopo
3. Criar a EAP
4. Verificar o escopo
5. Controlar o escopo
1. Definir as atividades
2. Sequenciar as atividades
3. Estimar os recursos das atividades
4. Estimar as durações das atividades
5. Desenvolver o cronograma
6. Controlar o cronograma
1. Estimar os custos
2. Determinar o orçamento
3. Controlar os custos
1. Planejar a qualidade
2. Realizar a garantia de qualidade
3. Realizar o controle da qualidade
1. Desenvolver o plano de recursos humanos
2. Mobilizar a equipe do projeto
3. Desenvolver a equipe de projeto
4. Gerenciar a equipe do projeto
1. Identificar as partes interessadas
2. Planejar as comunicações
3. Distribuir as informações
4. Gerenciar as expectativas das partes interessadas
5. Reportar o desempenho
1. Planejar o gerenciamento dos riscos
2. Identificar os riscos
3. Realizar a análise qualitativa dos riscos
4. Realizar a análise quantitativa dos riscos
5. Planejar as respostas aos riscos
6. Monitorar e controlar os riscos
1. Planejar as aquisições
2. Conduzir as aquisições
3. Administrar as aquisições
4. Encerrar as aquisições

Processos do Guia PMBOK 5° edição


Resumo das principais mudanças:   - Acréscimo de 1 nova área de conhecimento;

                                                     - 7 novos processos;
                                                     - Transferência de 2 processos.

A nova área adicionada ao PMBOK 5° edição foi a "Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto"

Segue abaixo a tabela:

Áreas de Conhecimento
Iniciação
Planejamento
Execução
Monitoramento e controle
Encerramento
1.1. Desenvolver o termo de abertura do projeto
1.2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
1.3. Orientar e gerenciar o trabalho do projeto
1.4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto
1.5. Realizar o controle integrado de mudanças
1.6. Encerrar o projeto ou fase
2.1. Planejar o Gerenciamento do Escopo
2.2. Coletar os requisitos
2.3. Definir o escopo
2.4. Criar a EAP
2.5. Validar o escopo
2.6. Controlar o escopo
3.1. Planejar o gerenciamento do Cronograma
3.2. Definir as atividades
3.3. Sequenciar atividades
3.4. Estimar os recursos das atividades
3.5. Estimar as durações das atividades
3.6. Desenvolver o cronograma
3.7. Controlar o cronograma
4.1. Planejar o gerenciamento dos Custos
4.2. Estimar custos
4.3. Determinar o orçamento
4.4. Controlar os custos
5.1. Planejar o gerenciamento da qualidade
5.2. Realizar a garantia de qualidade
5.3. Controlar a qualidade
6.1. Planejar o gerenciamento dos recursos humanos
6.2. Mobilizar a equipe do projeto
6.3. Desenvolver a equipe do projeto
6.4. Gerenciar a equipe do projeto
7.1 Planejar o gerenciamento das comunicações
7.2. Gerenciar as comunicações
7.3. Controlar as comunicações
8.1. Planejar o gerenciamento dos riscos
8.2. Identificar os riscos
8.3. Realizar a análise qualitativa dos riscos
8.4. Realizar a análise quantitativa dos riscos
8.5. Planejar as respostas aos riscos
8.6. Controlar os riscos
9.1. Planejar o gerenciamento das aquisições
9.2. Conduzir as aquisições
9.3. Controlar as aquisições
9.4. Encerrar as aquisições
10.1. Identificar partes interessadas
10.2. Planejar o gerenciamento das partes interessadas
10.3. Gerenciar o envolvimento das partes interessadas
10.4. Controlar o envolvimento das partes interessadas

Fonte: http://www.dadusconsultoria.com.br/index.php/29-o-que-e-o-pmbok

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Conjunto de conhecimentos de acordo com o Guia PMBOK 4° e 5° edição e ISO21500



Guia PMBOK 4° Edição (2008)
ISO21500 (2013)
Guia PMBOK 5° Edição (2013)
Estágios
5 grupos de processos
5 grupos de processos
5 grupos de processos
Tópicos
9 áreas de conhecimento
10 áreas de conhecimento
10 áreas de conhecimento
Processos
42 processos
39 processos
47 processos



Guia PMBOK 4° Edição (2008)

ISO21500 (2013)
Guia PMBOK 5° Edição (2013)
Grupos de Processos

1.Iniciação
2.Planejamento
3.Execução
4.Monitoramento e Controle
5.Encerramento
1.Iniciação
2.Planejamento
3.Execução
4.Controle
5.Encerramento
1.Iniciação
2.Planejamento
3.Execução
4.Monitoramento e Controle
5.Encerramento
Áreas de Conhecimento

1.Integração
2.Escopo
3.Tempo
4.Custo
5.Qualidade
6.Recursos Humanos
7.Comunicações
8.Riscos
9.Aquisições
1.Integração
2.Escopo
3.Tempo
4.Custo
5.Qualidade
6.Recursos
7.Comunicações
8.Riscos
9.Aquisições
10.Partes Interessadas
1.Integração
2.Escopo
3.Tempo
4.Custo
5.Qualidade
6.Recursos Humanos
7.Comunicações
8.Riscos
9.Aquisições
10.Partes Interessadas



Fonte: http://www.dadusconsultoria.com.br/index.php/29-o-que-e-o-pmbok
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